Ei meu bem,


    

    As vezes me deparo sentada no ônibus e instantaneamente bate aquela vontade de chorar, gritar, espernear e tirar aquelas satisfações obvias com a vida. Aquele grande balde de água fria que ela fez questão de me dar. Mas nada ia bem. Nada estava no seu lugar. A cabeça estava descontrolada. Os atos não eram mais meus. Mas o que a mesmice nos leva. Ao tédio. A vontade de nada. Você percebe que não é mais você. O arrependimento veio. Veio sim e porque não viria. Haviam sentimentos e muitos sentimentos envolvidos naqueles planos, naquela vida. Errar foi mais do que humano. O destino que a alguns textos atrás eu o agradecia, hoje ele me tirou daquele conto de fadas e me deu uma nova vida. Ainda sinto perfumes conhecidos no caminho do meu trabalho que me fazem recordar do amor. Ainda sem querer me vejo caminhando por ai na esperança de ver um rosto mais do que conhecido, mais do que íntimo.
    Eu soube e aprendi usar uma nova eu que fez questão de retornar a casa. Tratei de mudar muitas coisas, suturei todas as feridas, assim sem anestesia, já que você tem alguém ai para cuida-las, limpei todas as poeiras e resolvi cumprir as mil promessas ouvidas ao longo dos anos. Me assusto em saber que o meu coração obtém esperanças, guardou algo que talvez nunca mais seje reacendido. Mas estou mais feliz, mesmo em meio a tantas lágrimas derramadas a este texto. Eu possa afirmar que não existo mais, aquela garota não se encontra mais aqui e a certeza de que não cometerá mais erros tão banais, já basta uma vez e é difícil demais aprender a perder.
    O orgulho já não faz mais parte de nenhum por cento do meu ser. Prova disso são essas linhas cheias de letras e palavras que convenhamos não sabemos se chegará a quem realmente deve lê-las. É um dos meus melhores hábitos perdidos ha alguns anos, era esse conjunto de palavras que mantinham minha mente sã e o sentimento ainda mais vivo.

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